Sempre recebemos muitas perguntas sobre como é feita a audiodescrição via qrcode. Para ajudá-los a entender cada etapa deste trabalho, elaboramos um pequeno passo-a-passo.
A primeira etapa é a análise da obra de arte. Às vezes, pode acontecer de recebermos apenas o projeto da obra. O objetivo dessa etapa é reunir as principais informações, como autor, tipo de obra, ano, dimensões, impressões do artista…. e tudo que possa ajudar a construir uma imagem mental da obra.
A segunda etapa é a análise do espaço em que as obras serão expostas. Muitas vezes, uma única exposição ocupa toda a galeria. Neste caso, além de fazer a AD das obras, é preciso descrever também o espaço em que ela ocupa para criar uma imagem mental que seja o mais realista possível.
A terceira etapa é a construção da audiodescrição, que envolve o roteiro, consultoria, narração, edição de áudio e, por fim, a geração do qrcode. Cada etapa pode ser feita por um profissional diferente, já que envolve habilidades distintas de escrita e leitura, técnicas de locução e edição de áudio e imagem.
A quarta etapa é a geração do QRCode propriamente dito. Como esse código funciona como um link de acesso a um endereço virtual, é preciso salvar essa trilha de áudio em uma página web. Nós, por exemplo, salvamos tudo no site do Cinema Cego. Depois de salvar a AD de todas as obras, é necessário copiar o link de cada uma e gerar manualmente cada qrcode (sim, é um processo trabalhoso). Com os códigos salvos, é preciso organizá-los em um documento pdf de alta qualidade para enviá-los ao cliente, que irá escolher uma gráfica de sua confiança para realizar a impressão.
É importante que o audiodescritor esteja preparado para responder todo tipo de dúvida em relação à acessibilidade e usabilidade dos códigos, pois como a audiodescrição ainda é relativamente nova, é comum que os organizadores da exposição tenham dúvidas sobre o tamanho do código e formas de impressão.
Nos nossos trabalhos, sempre que enviamos o arquivo com os qrcodes das obras junto com todas as orientações necessárias para que o código funcione adequadamente como ferramenta de acessibilidade. E já aviso logo, imprimir o código pequeno em uma folha lisa junto com a ficha técnica NÃO é, de maneira alguma, acessível.
Este projeto que usamos como exemplo, é da Exposição @metaletereo do artista @olavomachadoneto, com direção de @myfashionbuyeroficial, que aconteceu nas cidades de Belo Horizonte, Congonhas e Ouro Preto.
Para conhecer um pouco mais sobre o nosso trabalho ou solicitar um orçamento, entre em contato.